Uma trupe de saltimbancos formada por uma família de 11 integrantes, que viajam por todo o País, vivenciando a cultura popular e utilizando esta universo como base de criação de seus trabalhos. Esta é a Companhia Carroça de Mamulengos que no próximo dia 26, às 20 horas, se apresenta no Teatro Municipal, através de uma iniciativa da Prefeitura de Anápolis, por meio da Diretoria de Cultura, em parceria com a Associação Cultural e Artística de Anápolis (ACAA).
A Companhia Carroça de Mamulengos é formada pelos seguintes integrantes: o pai Carlos Gomide, a mãe Schirley França, os filhos Maria, Antônio, Francisco, João, Pedro, Matheus, Luzia, Isabel e o músico Beto Lemos.
Em seus espetáculos, por mais que tenham uma elaboração minuciosa, buscam a simplicidade e singeleza da cultura popular, com bonecos, teatro, circo e músicas, que possibilitam uma interação profunda de coração com crianças e adultos.
Saiba mais sobre a trupe...
Carlos Gomide começou a trabalhar com arte em 1977, junto a um grupo chamado Carroça, dirigido por Humberto Pedrancini, participando de algumas montagens da companhia. Com bonecos de sucata, montou um espetáculo com textos de fábulas, já visualizando o teatro de bonecos como linguagem para o seu trabalho.
Em 1977, assistiu ao espetáculo “Festança no Reino da Mata Verde”, do grupo Mamulengo Só Riso (Olinda/PE), onde teve contato com o teatro popular de bonecos brasileiro, o mamulengo. Montou o espetáculo “As Bravatas do Coronel Tiridá na Usina do Coronel Dijavuna”, um texto de Januário de Oliveira. Com essa brincadeira, começou a viajar e apresentar-se com o nome Carroça. Em 1978, participando de um festival no SESC Madureira (Rio de Janeiro), conheceu o mestre Antônio do Babau, bonequeiro de uma espetacular originalidade. Carlos então decide viajar ao nordeste, aproximando-se desse rico universo que é a nossa cultura, com a proposta de tê-la como base para seu trabalho.
Conviveu com mestres do Rio Grande do Norte, como “Os Irmãos Relâmpago” (Antônio Miguel e José), Chico Daniel, Antônio Pequeno, e do Ceará, como Pedro Boca Rica, entre outros. Aprofundou seu aprendizado com o mestre Antônio do Babau em Mari na Paraíba e com isso o grupo se torna então a Carroça de Mamulengos.
Em 1982, de passagem por Brasília, Carlos conheceu a atriz Schirley França, que passou a integrar o grupo. A partir desse encontro, começou a surgir a família e, com o nascimento dos filhos, houve a necessidade de uma outra concepção cênica, que possibilitasse uma participação da família nos espetáculos, visto que o teatro de mamulengos é originalmente apresentado por adultos. Assim, a música, os bonecos gigantes, os bonecos de vestir e os elementos circenses foram incorporados às brincadeiras.
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