Embora seja tão comum pessoas indicarem e tomarem remédios sem orientação médica, essa é uma prática que esconde sérios riscos à saúde. Tomar medicamentos por conta própria ou indicados por pessoas que nunca estudaram Medicina pode não apenas tardar a solução do problema e criar resistência do organismo a certas bactérias, como ainda resultar em outras complicações para a saúde.
Para discutir sobre este tema a vereadora, Dinamélia Rabelo (PT), propôs realização de uma audiência pública que vai ser realizada na próxima segunda-feira (29) no plenário da Câmara Municipal às 19 horas. Confirmaram presença na audiência da presidente do Conselho Regional de Farmacêuticos, Nara Luiza de Oliveira, o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás, Cadri Awad, o presidente a Federação Interestadual dos Farmacêuticos, Danilo Caser e do presidente do Conselho Federal de Farmácia, Jaldo de Souza Santos, além de representantes do Ministério Público, empresários e alunos de cursos ligados a saúde.
Dinamélia Rabelo disse que a iniciativa parte do principio que está cada dia mais fácil conseguir comprar medicamentos em farmácias sem receitas médicas. Em Anápolis, recentemente a vigilância sanitária também identificou, e o Ministério Público investiga centenas de receitas falsificadas encontradas na cidade para a compra de remédios. “É uma oportunidade para debater um tema que tem preocupado as autoridades de saúde pública do município. E coloca ainda em risco a saúde de muitas pessoas”, disse.
O presidente do Conselho Federal de Farmacêuticos, Jaldo de Souza, elogiou a iniciativa da vereadora e disse que os prejuízos da venda de medicamentos sem orientação médica é um risco para a população. Segundo ele o mesmo medicamento que pode curar uma doença em uma pessoa pode causar sérios danos a saúde de outro organismo. “Por isso defendo a importância das farmácias manterem profissionais habilitados para atender os clientes”, reforçou.
Danilo Caser, presidente da Federação Interestadual dos Farmacêuticos, destacou que a iniciativa da vereadora, além de mostrar os prejuízos para saúde, a reunião de farmacêuticos com estudantes da área reforça a responsabilidade de cada um antes de repassar um remédio sem receita. “Desde o princípio é necessário entender a responsabilidade que cada um tem dentro da sociedade”, disse.
O presidente do Sindicato dos farmacêuticos de Goiás, Cadri Awad afirmou que as pessoas também devem ser conscientes quando ao uso de medicamentos sem prescrição médica. “Essa audiência serve como informação e orientação. O maior benefício é que a população aprender a se prevenir na hora da compra. A presença do farmacêutico garante o melhor cuidado da saúde”, destacou
Crime
Vale ressaltar que somente no ano de 2008 foram apreendidos no Estado de Goiás, 400 mil unidade de remédios irregulares. Os crimes relacionados à comercialização de remédio falsos ou irregulares são passíveis de duras penas da Lei. Quando o delito é contato os responsáveis podem responder pelos crimes de contrabando (artigo 334 do Código Penal) e crime contra a Saúde Pública (artigo 273 do Código Penal), cuja pena máxima é de 15 anos.
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